terça-feira, 3 de maio de 2011

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Brasil enfrenta o desafio de aproximar academia e setor empresarial.

Apesar de ampliar a produção científica consideravelmente nos últimos anos, o Brasil ainda tem um desafio: “aumentar a quantidade e a qualidade da conexão entre o setor acadêmico, científico e tecnológico e os setores empresariais e atender as demandas sociais”. Essa é a avaliação do Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (Setec/MCT), Ronaldo Mota, que continua no cargo compondo a equipe do ministro Aloizio Mercadante. Segundo ele, o cenário é propício para alcançar o objetivo. “Há concordância entre a atual e a antiga gestão do ministério quanto à necessidade de se priorizar a questão da inovação nas empresas e na sociedade”. 
O Brasil responde atualmente por 2,7% da produção científica mundial, tendo sua participação mundial dobrado entre 2000 e 2009. No mesmo período, o número de publicações aumentou 205%, atingindo 32 mil artigos indexados na base de dados National Science Indicators (NSI). Em 2008, o País alcançou a 13ª colocação no ranking mundial da produção científica.
Segundo Mota, esse significativo crescimento do sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) não reflete no nível de inovação esperado.  “Um percentual pequeno de nossas empresas gera produtos novos no mercado. Um número inexpressivo dos pesquisadores brasileiros atua em empresas. Essa situação decorre da falta de cultura de inovação no ambiente empresarial e de pouca articulação das políticas industrial e de C,T&I, apesar dos esforços recentes”, avalia.
Ações
O secretário cita como facilitador para mudar a atual realidade, o fato de o País já possuir uma linha mestra, tendo como base iniciativas como a implantação do Plano Nacional em Ciência, Tecnologia e Inovação (2007-2010), a aprovação da Lei de Inovação (em 2004) e da Lei do Bem (em 2005). O novo cenário permitiu às empresas utilizar um leque de instrumentos mais amplo e efetivo. 
“Nós criamos um marco regulatório muito interessante que estimula a inovação nas empresas. Então posso dizer, que do ponto de vista de incentivos, amparados por leis, nossa história começa, mais ou menos, em 2006. Então é uma história muito recente. No ínicio, nós tínhamos 130 empresas no Brasil que faziam uso de incentivos fiscais por apostarem em pesquisa e desenvolvimento e esse número passou agora para 635 empresas. Os valores investidos, que eram da ordem de dois bilhões, passaram para mais de oito bilhões”, informa.
O secretário também ressalta como é relevante a mobilização do setor empresarial. “As entidades empresariais, federações de indústrias, associações setoriais e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas) abraçaram a causa de colocar a inovação na agenda das empresas nacionais e têm liderado iniciativas importantes nessa direção”. Com a parceria entre setor público e privado, a meta é ter, pelo menos, três mil empresas inovadoras no País até 2014. 
De acordo com Ronaldo Mota, é positivo se ter uma dimensão e complexidade, mas, apesar das conquistas, é preciso avançar ainda mais para que o Brasil figure entre as maiores potências do mundo, como planeja. Para isso, ele considera fundamental ter uma educação de qualidade, uma ciência e tecnologia que engendra inovação e que essa inovação impacte fortemente, fazendo com que os nossos produtos sejam competitivos no mercado nacional e no mercado internacional.
”Não é um desafio simples, isso está em curso, está sendo feito, mas para que o País tenha um desenvolvimento sustentável terá que ser feito num ritmo e num nível mais aprofundado do que nós temos hoje. Ele não será sustentável se não tiver ancorado na transferência de conhecimento ao setor produtivo. Essa é talvez a essência maior dos desafios que nós temos que enfrentar”, conclui.
Currículo
Ronaldo Mota é o atual secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Professor titular de física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Mota é também presidente dos Comitês Gestores dos Fundos Setoriais de Energia e Mineral, presidente pro-tempore da Rede de Ciência e Tecnologia do Mercosul (RECyT), bacharel em física pela universidade de São Paulo (USP), mestre pela Universidade Federal da Bahia, doutor pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-doutor pela University of British Columbia, no Canadá, e pela University of Utah, nos Estados Unidos.

Fonte: MCT 11/02/2011

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mercadante quer aperfeiçoar mecanismos de incentivo à pesquisa e à inovação

Aperfeiçoar os programas de incentivo à isenção fiscal. Desde que assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Aloizio Mercadante tem reforçado essa ideia. A pasta já conta com os benefícios oferecidos pela Lei do Bem e o ministro pretende aprimorar ainda mais as políticas de incentivo à pesquisa e à inovação.
A Lei do Bem (11.196/05) oferece incentivos fiscais às empresas que realizam pesquisas tecnológicas e de inovação, no entanto, Mercadante acredita que o sistema ainda pode ser melhorado. Para isso, estão em discussão no Congresso Nacional os mecanismos para expansão da Lei e o ministro pretende ainda avançar esses incentivos para ganhar mais autonomia nos setores da indústria, aviação e automotiva.
Para se utilizar da lei, é necessário instalar na empresa um programa de inovação com projetos eficazes. As empresas grandes chegam a desenvolver 400 projetos de inovação por ano. Na lista de beneficiárias, há empresas de setores e portes variados, desde uma pequena fábrica de calçados até gigantes como Ambev e Alcoa. Do setor de serviços, um exemplo é a Contax, do segmento de call center. Especialistas explicam que a crise mundial é uma oportunidade para instalar processos de inovação nas empresas, frente à necessidade de atrair e reter clientes e de reduzir custos.
No primeiro ano da Lei, em 2006, o número de empresas beneficiadas por incentivos fiscais era 130. Em 2009, esse número saltou para 542 empresas, ou seja, 317% a mais em relação a 2006. Ao se somar o número de beneficiárias da Lei do Bem nas regiões Sudeste e Sul para cada ano, é observado que essas empresas correspondem a mais de 92% do total de empresas beneficiadas em todos os 4 anos.

Isso se justifica em razão do maior desenvolvimento industrial dessas regiões, que, por sua vez, apresentam maior capacidade de se apropriar dos benefícios. O investimento em Pesquisa e Desenvolvimento das empresas que se beneficiaram da Lei do Bem evoluiu de 2,1 bilhões, em 2006, para 8,3 bilhões, em 2009, quase quadruplicando nesses quatro anos. Dos recursos investidos em 2009, foram aplicados R$ 0,21 bilhão em bens de capital e R$ 8,33 bilhões em despesas operacionais de custeio. 
A distribuição regional desses recursos confirma as melhores condições apresentadas pela região Sudeste na utilização dos incentivos, respondendo por 95% dos recursos aplicados em P&D.


Fonte: MCT 08/02/2011.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Aberta inscrição para nova edição do programa de inovação entre Brasil e França.

Está aberta a inscrição para a nova edição do Programa Oseo/Finep, que seleciona projetos de inovação desenvolvidos em parceria por empresas brasileiras e francesas. O Acordo de Cooperação Tecnológica, assinado pelos dois países em 7 de maio de 2009, prevê que o Programa tenha duração inicial de cinco anos. A Oseo é a agência de inovação da França, equivalente à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) no Brasil.
Até 20 de setembro de 2011, a Finep e a Oseo recebem propostas de P, D & I que envolvam tecnologias aplicáveis a qualquer área do conhecimento, desenvolvidas sob a coordenação de empresas do Brasil e da França.
Os projetos devem ser complementares e capitaneados por uma empresa nacional e uma francesa. As propostas devem ser apresentadas às duas agências – escrita em francês para a Oseo e em português para a Finep.
Na fase 1, a empresa nacional que compõe esta parceria tem de apresentar à Finep o formulário eletrônico preenchido com os dados do futuro projeto e com informações sobre as condições de formalização do Termo de Parceria Técnica.
As propostas devem contemplar o desenvolvimento de produtos inovadores que atendam a uma necessidade imediata do mercado. Centros de pesquisas, universidades e empresas de outros países poderão integrar o projeto na qualidade de participantes, excluída a possibilidade de figurarem como proponentes do projeto.
Na fase 2, as empresas que tiverem propostas selecionadas devem apresentar projetos de acordo com as cláusulas e condições apresentadas anteriormente, juntamente com cópia do Termo de Parceria Técnica celebrado nas condições apresentadas na Fase 1. Cada proposta de projeto será analisada de acordo com a legislação, regulamentos e procedimentos vigentes no país em que se localiza a sede da empresa proponente.
No caso das empresas francesas, serão elegíveis aquelas que tiverem um quadro consolidado inferior a dois mil empregados (caso o projeto esteja inserido no Programa Estratégico de Inovação Industrial, o total deve ser inferior a cinco mil empregados). No caso das empresas brasileiras, serão elegíveis aquelas cuja receita auferida em 2009 tenha sido inferior a R$ 300 milhões.
A aplicação dos recursos a serem desembolsados pela Finep se dará exclusivamente para despesas relacionadas à parte brasileira dos projetos
Oseo
A Oseo Inovação é a principal fonte de ajuda a pequenas e médias empresas inovadoras na França, tendo apoiado cerca de cinco mil delas em 2008, com aportes de  800 milhões de euros. A França tem hoje mais da metade de seus pesquisadores trabalhando no setor privado - 56% - e, de seus gastos com P&D, 63% são feitos por empresas, que têm fortes incentivos fiscais. O país ocupa hoje o 2º lugar na Europa e o 5º mundial em termos de depósitos de patentes.
A Finep é uma empresa pública ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Há 32 anos apoia projetos de inovação de empresas de todos os portes e instituições de ensino e pesquisa brasileiros, oferecendo recursos reembolsáveis com taxas diferenciadas e não-reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos) por meio de editais.

Informações retiradas de http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/328037.html

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Jeans usa tecnologia espacial para proteger motociclistas

Cair de moto e esfolar-se todo não parece ser o cenário mais provável para o nascimento de um novo negócio.
Mas foi isto o que aconteceu com o francês Pierre-Henry Servajean.
"Eu percebi que tudo que eu tinha no corpo era perfeito - meu capacete, luvas, casaco - exceto o jeans. Eu tinha equipamentos de segurança apropriados para cada parte do meu corpo, exceto para as minhas pernas," conta ele.
Fibra espacial
Depois de uma pesquisa, o motociclista empreendedor descobriu que 75% dos seus colegas usam jeans em seus passeios de moto.
Um pouco mais de pesquisa e ele descobriu uma fibra chamada UHMWPE, que foi utilizada pela Agência Espacial Europeia (ESA) em 2007 para testar um conceito chamado "correio espacial".
UHMWPE é uma sigla para Ultra High Molecular Weight Polyethylene - polietileno de peso molecular ultra elevado -, uma forma especial do conhecido polietileno, só que duas vezes mais forte do que o Kevlar®, e de 10 a 100 vezes mais resistente do que o aço.
Super jeans
Ao misturar as fibras do jeans comum com algumas fibras do polietileno espacial, Pierre-Henry conseguiu um tecido que combina as qualidades do jeans com a extrema resistência do novo material, produzindo uma roupa muito forte e que, ao contrário de outras soluções sintéticas, deixa a pele respirar.
No núcleo do tecido, o algodão é substituído pelas fibras de UHMWPE. No caso de um acidente, somente a camada externa do jeans se rasga, e a pele do motociclista não é atingida.
Pierre-Henry, que garante que o super jeans é uma combinação perfeita de conforto, durabilidade e resistência à abrasão, fundou uma empresa para comercializar sua ideia, em mais um exemplo da conversão das tecnologias espaciais em produtos de uso no dia-a-dia.
Para demonstrar a força do tecido e divulgar seu produto, Pierre-Henry lançou uma campanha publicitária que mostrou um jipe Hummer de 2700 kg sendo erguido com duas calças do super jeans.

Texto retirado do site:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=super-jeans-tecnologia-espacial-motociclistas&id=010160110105